A execução de empreendimentos mineiros subterrâneos é uma atividade de alto risco que precisa de estudos geológicos/geotécnicos em diversos graus de detalhe. Isto é necessário para diminuir o potencial de instabilidade do maciço rochoso durante a operação extrativa, no caso em específico pelo método de câmaras e pilares, visando obter uma estimativa dos vãos máximos (spam), cálculo de resistência dos elementos de suporte naturais (pilares) e previsão de elementos de fortificação adicionais (tirantes e outros).
Por meio de dados de geologia regional, furos de sondagem e das próprias escavações, o estudo de caso da Mina Pilar de Goiás da Brio Gold contempla a caraterização das propriedades reológicas das rochas foliadas (xisto carbonoso/xisto sericitico), a distribuição da deformação frágil e a definição de rasgos estruturais maiores como dobras, falhas regionais e padrões de fraturamento associados.
Realizou-se análises de equilíbrio limite modelando os potenciais eventos de formação de cunhas, focando na interação da foliação com os diferentes elementos estruturais identificados.
A interação das atuais escavações com as informações estruturais detalhadas no ambiente e o histórico de eventos de queda de rocha registrados, foram utilizados para gerar setores de interesse para o mapeamento geotécnico (RMR e Q), possibilitando um zoneamento das áreas com caraterísticas similares.
Finalmente, essas regiões predeterminadas são consideradas como zonas de potencial risco geotécnico, permitindo definir parâmetros de estabilidade, tais como: orientação das escavações, dimensões máximas das câmaras e dimensões mínimas dos pilares a serem planejadas nas futuras áreas de produção.